domingo, 14 de agosto de 2016

O Som Expressa

ÊNFASE EM VOZ II

"Era manteiga da melhor qualidade"


A técnica de sons por livre associação como interpretação do concreto e do abstrato tem nos sido muito eficiente. Pude perceber que a interpretação gera composição na voz. Tendo em conta o método utilizado:
1. Aquecimento da voz e do corpo: 
Os atores ficam em horizontal na posição zero, Ao comando de R. Arruda, saímos de nossas posições iniciais e vamos para o lugar cujo olhar foi direcionado anteriormente. A partir de então, iniciamos o espreguiçar corporal, técnica utilizada para deixar o corpo mais livre, à vontade e suscetível para o trabalho de ruídos. As vibrações começam a surgir a partir do bocejo. Princípios básicos são retomados nesse momento, como por exemplo, a ideia de "Paisagem Sonora" (soundscape), inicialmente pensada por R. Schafer- sobre o momento em que paramos para prestar atenção nos sons do ambiente e do espaço. Sugiro inclusive enfatizar esse procedimento como primordial para o desenvolvimento de captação e identificação dos ruidos que nos cercam constantemente, mas que passam despercebidos. Há um estudo dentro da própria filosofia em que entra- se em questão a reflexão sobre o quanto deixamo- nos levar pela rotina, o que restringe a capacidade de desenvolvimento da mente sobre o próprio pensar. Exemplo prático desse teorema é o trânsito. Suponhamos a seguinte situação, você encontra- se nesse momento no centro da cidade, no horário de congestionamento. Todo o barulho parece ensurdecedor, os carros buzinam, as pessoas se concentram nas paradas em massa para chegar o mais breve possível em suas casas, cada parada de ônibus e cada mudança de sinal gera um tipo de comportamento nas pessoas. Esses comportamentos, imperceptíveis frente à angustia e pressa do momento nos remetem à ações corporais. 

Ações por influência da paisagem sonora.
Observe na imagem o comportamento e expressões de cada pessoa enquanto esperam pelo ônibus. Quando exercemos o treinamento por mimese, buscamos as pequenas ações, alguns vícios corporais. Mas por vezes deixamos escapar algo muito interessante que acontece em paralelo, que é a paisagem sonora. Principalmente se você se encontrar em meio ao caos, situação durante à espera do ônibus. O você consegue pensar referente ao som da fila que fazemos no caixa, para efetuar pagamentos? Ou no som do silêncio? Sabe, quando acordamos no meio da madrugada, está tudo escuro e mesmo os animais dormem, mesmo os cachorros resolvem silenciar- se. Tudo o que se escuta é o som do silêncio. E, se você já o escutou, sabe o quanto o seu barulho pode ser ensurdecedor. 
Há vários sons em contraposição gerando uma imensidão de ruídos. Encontram- se então nesse momento, duas hipóteses, a reação à paisagem sonora e o corpo- susceptível, gerando a ação corporal resultante. Se pensarmos a partir da concepção de P. Bausch sobre o corpo- imensidão, pode- se colocar como repertórios que se encaixam: corpo- susceptível à paisagem sonora. Como denotado na imagem acima. De acordo com R. Torralba, em análise ao corpo- imensidão de P. Baush, diz- se que a performance é iniciada como num ritual, mas para tanto, é necessária a postura de quem escuta com toda pele os movimentos do mundo, postura de um corpo que aguarda e que se cria num intervalo entre o movimento e o pré- movimento e entre o movimento e o movimento movendo. Assim, voltamo- nos para a próxima situação. Tendo em conta o corpo susceptível à paisagem sonora em diálogo com o corpo- imensidão diante da técnica de desdobramentos corporais que realizamos no início do aquecimento, em conjunto com o ruído, encontramos uma ação e reação da voz em  diálogo com o corpo. O Corpo move, horas se dilata e horas se contrai formando posições abstratas e assim começam a fluir as vibrações sonoras que cada movimento pode proporcionar. Cada desdobramento gera um conjunto de tonicidade, frequência e notas diferentes. 

2. O Som por livre associação:  
Nesse momento, cada um escolheu uma palavra como livre associação de sons. Após o sorteio, em grande roda e de costas uns para os outros, inciamos as associações. Aparaceram sons e apareceram ruídos, gerando a partir dos mesmos palavras que remetiam àquele conjunto de tonicidade, frequência e notas. Após o enunciador falar, o grupo inteiro repetia sua composição vocal. 
Nós temos os sons e temos a voz, o som é modificado de acordo com os fatores históricos que nos permeiam, enquanto a voz torna- se diretamente ligada ao som, ou seja, pode agir como um reflexo dos ruídos formados por fatores- histórico- culturais diversos. Formando aos poucos os aspectos de vozes híbridas. Isso porque, de acordo com C. Souza, a voz advinda de cada palavra, liga- se à sons que possibilitam desdobramentos, lembrando que por ser associada ao sujeito enunciador, revela imbricações culturais construídas nas relações com outros sujeitos e com o ambiente.

3. Num contexto geral, disse- me: Acorde Alice!: (Gosto, Critico, Sugiro)

O fato de Alice no País das Maravilhas ter sido escolhido como encenação para esse período tem gerado um diferencial significativo, particularmente falando, em todos na turma. Gosto dos procedimentos diferenciados utilizados no decorrer dos encontros. Sinto que essa escolha gerou uma certa busca por identidade. Perguntas sobre o que estou fazendo nesse curso começaram a surgir, questionamentos sobre falta de pesquisa pessoal também. Critico a falta de entendimento, por medo de alguns colegas serem mal interpretados. Às vezes sinto- me um pouco incomodada, não apenas comigo mesma- quando vejo que não fiz bem algo por não ter me empenhado melhor ou por não ter entendido a proposição de alguns exercícios, por vezes adoeço e isso me tira um pouco a concentração, infelizmente as doenças crônicas vem junto no pacote desde o nascimento; mas, também por alguns amigos que parecem levar o curso com a barriga, brincando o tempo inteiro, e não apenas deixando de prestar atenção no que o docente explica, sendo mal educado, como também atrapalhando os colegas que estão buscando aprender. Creio que já passamos da fase de ensino médio, assim como foi mencionado por vários professores em sala de aula. Tudo tem limite. O problema disso tudo é o fato de que gostamos dessas pessoas e lhe queremos o bem, então quando lhe fazemos críticas, deveria ser para lhe servir bem e gerar o incômodo suficiente para procurar melhorar até para não atrapalhar o colega. Algumas perguntas, sinto que são desnecessárias, como por exemplo, o fato de estar num curso de artes cênicas, e perguntar ao professor se é para fazer uma leitura completa de um livro no qual estamos trabalhando seriamente para fazer uma encenação. Outra situação é você saber que nessa área, reavaliamos nossas concepções e medo. Creio que o ator viva numa batalha incessante de lidar com o medo, com o difícil, com imensos obstáculos histórico- sociais- culturais e toda essa gama de problemas proporcionados pela área e mesmo pelo receio de se expôr e gerar críticas. De fato, não é fácil. Mas, assim como minhas doenças crônicas, vejo que esses fatores também estão inclusos no pacote. 
Sugiro nos desafiarmos mais, que essa gama de pensamentos não se tornem negativos, mas sim motivacionais para a busca dessa identidade. Falo isso sem me pôr acima de qualquer pessoa, falo como uma amiga que se preocupa com seus amigos. Um colega chega e me diz que nunca entendeu nada mas que inventou algumas coisas para não tirar nota ruim, ao meu ver isso é medo, falta de comprometimento e até um desrespeito para os teatrólogos que passaram anos pesquisando sobre conceitos, procedimentos e técnicas. Se você não sabe: busque! Questione! Leia! Pratique! Peça ajuda ao colega para que possa ter abordagens diferentes, podendo até ser mais esclarecedor. Um amigo chegou comigo e falou, vem cá, me diz qual é o seu segredo? Você está se saindo de tal maneira... Vou falar algo que cheguei a conversar com meu querido amigo e marido: O que devo fazer? Devo estudar e dar meu melhor em tudo? Pois esse curso é tudo pra mim, fora esse curso o que eu sou? quem eu sou? Apenas a Samires,... Mas, também tenho receio de me sair bem em algo e gerar conflitos, como vi com alguns de meus colegas, não quero que meus amigos se afastem... E, meu marido me disse que confia em mim e que sabe que independente de qualquer coisa, buscarei sempre me superar e que infelizmente eu não tenho muita alternativa, pois preciso estudar e dar meu melhor, os verdadeiros amigos lhe farão críticas construtivas, lhe apoiaram mediante suas conquistas e lhe escutarão sempre que necessitar... Para minha família e meu marido eu sou alguém de quem eles se orgulham por não desistir, apesar de tantos obstáculos. E, eu vejo neles e em mim o reflexo de alguém que não pode desistir. De alguém que deve correr atrás de seu sonho. Por vezes sinto- me só, e tenho até a impressão de que tudo pode desmoronar, isso porque nunca fui uma garota de falar sem parar, como minha irmã mais velha, eu ficava impressionada ao ver como ela conseguia fazer amizades tão facilmente, mas eu sempre tive assuntos limitados, por ser um pouco mais fechada e medrosa (tempo em que minha auto estima não existia de forma alguma, por ser obesa), as vezes sinto ter traços orientais muito fortes relacionados ao estilo tradicional, porque abaixo minha cabeça sem pensar duas vezes, porque sinto forte em mim o dever de honrar minha família gerando bons frutos, porque sinto a necessidade de respeitar as pessoas acima de mim, mesmo quando na verdade eu poderia falar mais,...sei que devo estudar e lutar para conseguir chegar o mais perto possível de meus sonhos,... Isso é incrível não é? Eu quase não tive contato com meu avô e bisavô paterno, mas sinto como se eles fossem extremamente próximos a mim. Então, creio que pude explicar o que faço: Primeiramente esse curso não é algo como uma brincadeira, mas sim a grande chance e talvez única chance de conseguir realizar meus humildes sonhos de continuar no palco fazendo o que amo, a arte. Segundo, eu não tenho emprego, o que me deixa numa dívida eterna de comprometimento com meu projeto e com meus estudos. Terceiro: Treinamento, pois leio os artigos e vejo vídeos sobre os grupos, sobre as companhias que adoraria fazer parte e vejo um árduo treinamento de todos os componentes. Minhas inspirações, Stanislavski, E. Barba, Pina Bausch, Jan Fabre, O Grupo de Pesquisa LUME, e tantos mais, sem deixar de mencionar R. Arruda, não é tentar ser aluno querido, eu sinceramente não penso dessa forma porque me sinto incapaz de ser 100% comunicativa e delicada para chamar esse tipo de comentário. Mas sim buscar superações através de nossas inspirações, essas pessoas me fazem ver Arte e me fazem querer fazer também. Então para meu amigo que disse que tem gente com um dom nato, eu não conheço isso em mim como um dom nato, mas sim como um processo em construção, em todos os alunos. 

Experimento em 10/08/2016
Cena: Chá Maluco
Grupo: 
Alberto, Matheus ( Chapeleiros)
Angelo Vitor/ Kelly Sousa (Alices)
Caio Paranagua/ Sami Cassiano ( Lebres de Março)
Ausência de nosso caxinguelê fofo (Ananda) e Eduesley
A dinâmica do grupo no qual participei foi muito boa, na verdade fiquei muito feliz com meu trabalho, porque na noite anterior, enquanto estávamos efetuando a pesquisa das cenas e exercendo o método da repetição como apropriação na cena escolhida, o que ajudava a fluir melhor a palavra, sem esforço, eu me encontrava super concentrada, porque minha rinite estava muito forte. Apesar de minha concentração, parecia que cada levantada de cabeça que eu dava, exercia um giro ao redor da terra e voltava.
Eu particularmente admiro muito a amizade entre Matheus, Caio, Ângelo e Ananda. Pois todos parecem estar sempre numa vibe muito boa. Parecem não precisar de muito esforço nas aulas de Jogos, pois cada palavra flui naturalmente. E, dessa vez tive a oportunidade de fazer parte desse grupo. Durante a aula, lhes mostrei alguns recortes de cenas que havia feito de aulas passadas. Principalmente das cenas de Barra Bandeira, em que num dos jogos, Ananda fica na frente dos integrantes para que não ultrapassem. E, depois todos se juntam, é como se eu estivesse vendo um recorte de cena do chá maluco. Decidimos deixar como ponto a ser acrescentado, caso o trabalho foi em grupo. Já em casa, infelizmente passei muito mal, o que comprometeu a prática de repetição da cena, acontece que eu já havia feito esse procedimento anteriormente por puro interesse mesmo. Então conseguia me lembrar da maior parte do que ocorrera no chá. Eu fui virgem para essa aula, o que peguei foram apenas espasmos que coelhos e gatos costumam ter quando alguma parte de seu corpo coça, e criei a mania de tremer a mão perto da orelha, enfatizando a mexida nervosa do relógio.  Também tentei deixar meu pulso torcido para trás com os braços flexionados. Não me sinto a melhor pessoa em jogos, mas confesso que, mesmo doente, ultimamente tenho criado um bolha ao meu redor chamada de momento de extravasar, aonde me libero para brincar, acho até que isso tem me permitido falar mais com meus amigos. Fiquei um pouco decepcionada com atitudes de meu colega Alberto, porque quando todos criamos as regras para brincar, ele simplesmente chegou e disse que faria sozinho porque queria mostrar algo meio que "melhor" à parte. Simplesmente saindo sem dar quaisquer outras satisfações. Mas, por algum motivo desconhecido o chamei e disse que aquilo parecia um ato de total egoísmo, que aquilo não se tratava de chegar com o único intuito de mostrar um solo, nem sempre se trata de uma única pessoa. Nesse momento todos nós vimos um grupo, independente de nossas afinidades... Acho que a proposta em grupo nos deixa abertos para trabalhar a criatividade e fazer questionamentos sobre. Temos tantas pessoas, o que fazer para que todos participem? Que regras de jogo podemos criar para que todos consigam aproveitar o momento e ao mesmo tempo possam ter as regras em mente? Sabe, ... nem sempre se trata de solo,.. o Alberto é um excelente aluno. Mas talvez por ter um alter ego, acaba se perdendo em seu próprio pensamento. Mesmo nas perguntas, que as vezes não possuem nenhum sentido, creio que se ele se desse a chance de primeiro escutar e refletir, poderia se questionar e elaborar perguntas mais coerentes. É como se ele soubesse de tudo isso mas mesmo assim insistisse,... eu odeio quando as pessoas o cortam, pra mim é como um bulling disfarçado, mas ele também não coopera muito para que ajam mudanças positivas.
A outra pessoa com quem me decepcionei novamente foi meu anjo (Â). Eu o tenho em meu coração. Mas, poxa,... na apresentação ele simplesmente chegou informando que não havia lido nada,... ok,.. depois fizemos uma nova apresentação com uma nova proposta e ele novamente disse não ter lido. Algumas coisas não dependem só da força que nossos amigos nos dão. Mas dependem principalmente de nossa motivação para trazer boas mudanças. A lição que tirei dessas situações é que num trabalho em grupo, todos devem se propor a dar o seu melhor, se meu amigo que trabalha ainda assim é capaz de ler um texto, então porque eu não conseguirei? E, a outra é que, devemos ter humildade suficiente para nos deixar guiar também pelas concepções de nossos amigos. Nem sempre a nossa palavra é a que vale.
O que dizer sobre minha interação com Caio Paranagua? O Caio é um ser apaixonante! Creio que qualquer pessoa possa se sentir muito a vontade trabalhando ao seu lado. Isso porque ele consegue ter percepção, ideias, sugestões, mas também sabe ouvir. Eu tenho certeza que poderemos escutar durante muito tempo esse nome. Pois há um enquadramento interno nele que não sei explicar ao certo. Podemos ver, principalmente em jogos, seu corpo pulsar, isso porque as palavras fluem, mas as ações também. Parece haver uma carta na manga para cada situação. Infelizmente não encontrei o vídeo de voz, no qual participamos também no mesmo grupo... A associação de som feita por ele foi pareceu na medida certa, uma voz de pessoa comendo: "HUmmm! Não tem,.." É como se ele estivesse comendo pipoca ao meu lado, assistindo futebol americano. O fato de que o mesmo tem ultrapassado suas limitações, como por exemplo nas aulas de corpo, mostra que tudo depende do quanto você quer algo e do quanto é capaz de lutar para conseguir.
Segue abaixo, nossa cena de Jogos:


Obs: Percebi mais enquadramento interno e muita interação entre mim o personagem.


A fala interna que criei foi o fato de que logo logo o tempo passaria. Surgiu o momento em que Matheus falou sobre o tempo e iniciei um tic sobre tic tac falho, mas por estar num colapso nervoso próprio da Lebre, acabei deixando fluir mais o tic tic. Vendo esse recorte, penso que a atitude de Caio foi primordial, ao me empurrar. Depois do jogo chegamos a sugerir esse diálogo do coelho com a própria sombra. O que denota um pouco de loucura e brincadeira ao mesmo tempo. Por ser um coelho, fiz de meus pés as minhas patas e Caio pediu para apropriar- se das ações, por vezes nossas patas ficavam com espasmos, a caída que dei, com as pernas para cima, foi referente há um programa antigo que vi sobre os coelhos quando vão cruzar. Toda vez que o coelho chega em seu, digamos assim - êxtase- ele se treme e cai desmaiado com as patas duras, o que é extremamente engraçado quando se vê no vídeo verdadeiro. Levei Jarra e copo com o intuito de colocar um pouco do teatro performático de P. Bausch. Logo no início sugeri ao grupo um pouco da repetição de partitura como um meio de abordar um pouco do teatro pós- dramático apresentado pela mesma. Durante o tempo de 09:32 da performance, a bailarina inicia uma sequência de selinhos no rapaz. No tempo 11:16, o rapaz lhe serve uma taça, mas torna-se vários objetos ao mesmo tempo, como por exemplo, o fato de que ela lhe põe o casaco ao redor e depois senta- se no colo do mesmo. Me remeteu à cena que fizemos de objetos vivos, para a apresentação do "Sente- se quem puder". No tempo 13:18 imaginei um jogo de imitações como espelho entre duas Alices, que depois se aborrecem e tentam corrigir uma a outra. No tempo 20:25, o bailarino lhe leva champagne e sobe na cadeira enquanto o mesmo é derramado, devido à altura, o champagne cai quase todo na roupa da bailarina, que fica apenas olhando fixa e estupefata. Seria muito interessante uma apropriação dessa cena, quando o chapeleiro lhe oferece vinho, mas na verdade é chá.


26/07/2016

Apesar de termos criado fala interna nesse experimento, pelo menos me analisando, não me senti com algo forte suficiente que pudesse gerar potência diante da associação da voz. Meu corpo perdeu o equilíbrio no início e isso tirou toda a concentração que havia acabado de criar.



ESTÁGIO I
Como havia mencionado, diante de uma das propostas estavam a confecção de máscaras. Mesmo sabendo que a escola disponibiliza muitos materiais, também levei algumas folhas de E.V.A., pinceis e esponjas. Ao chegar na escola, todos já encontravam- se entusiasmados com a proposta. Percebi que trabalhar no momento com a criatividade em grupo pode ser uma sugestão mais coerente. Isso porque vejo muita ansiedade naquelas crianças. Quando eles param para fazer algo em grupo e não como competição, há mais interação e foco. Os meios que tenho procurado são para deixa- los mais descontraídos e dinâmicos. Apesar disso, alguns alunos ainda tem muita repulsa. Parece ser um receio de ter que gostar da aula. No final da aula a sala estava uma bagunça, com tinta para todos os lados. Mas, todos começaram a organiza- la, limpando o chão e as mesas. Percebo na escola uma metodologia de ensino que busca a ajuda ao próximo, e acima de tudo busca alimenta- los com brincadeiras próprias de infância.










As máscaras ficaram lindas. Há algo próprio da criatividade da criança que gera elementos de estranhamentos muito lindos. Fiquei de pegar as imagens com um dos professores para postar aqui. Em breve elas já estarão inseridas no blog. O propósito dessa próxima aula é finalizar as máscaras e iniciar O procedimento de Reflexo do colega, todos com suas máscaras. O motivo é direcionado ao momento de extravasar. Geralmente as máscaras deixam as pessoas mais confortáveis, então partirei dessa concepção e dependendo do resultado, serão criadas estratégias. Não será feito algo que tire a brincadeira, tudo terá alguma brincadeira em ênfase, para que assim possamos ver os recortes que irão surgindo e a diferença entre a concepção de um não- ator adolescente e um ator.

REFERÊNCIAS

SOUZA, Cristiane dos Santos. Reflexões Sobre o Hibridismo Vocal em Performance. Urdimento, Vol. 1, 2014.
TORRALBA, Ruth. O Corpo Imensidão de Pina Bausch: Dança- Teatro- Performance. UFF, 2015.


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