domingo, 7 de maio de 2017


ARTIGO DE INTERPRETAÇÃO III
Análise sobre o caminho do ator e a composição do personagem com base em - Imorais

Resumo

No seguinte artigo, serão analisadas minhas experiências com base nos textos de “Imaginação e Incorporação de Imagens” e “O Gesto Psicológico”, de Chekhov, em conjunto com as experiências adquiridas nas aulas laboratoriais realizadas por Couto, que, parte das Interpretações da Dramaturgia- Imorais, uma adaptação de Couto, com fragmentos de várias Obras Dramatúrgicas. Parte- se do princípio de experienciar o doar- se diante de cada personagem para descobrir pistas de como eles realmente são, partir de uma pesquisa que caracteriza por ser contínua e em constante adaptação, e, partir do Gesto Psicológico como uma linha para se saber ação que delinea o personagem, bem como sua intenção para a composição de cena.

Análise sobre o caminho do ator e a composição do personagem com base em – Imorais

Aprender e querer antes de tudo aprender a aprender. Inicio com essa frase, que deixei guardada na memória desde o curso de física. Essa frase era sempre repetida por meu professor de metodologia, porque segundo o mesmo, antes de aprender é necessário que seu corpo e mente se deixem passar por esse processo e assim a mente e o corpo tornam- se disponíveis para o novo, sem tantos medos e receios que costumam ser invadidos pela mente. Durante as aulas de interpretação tenho relembrado essa frase continuamente, a começar pelo respeito que Couto faz questão de sempre enfatizar, o respeito primeiramente por estar num lugar sagrado, aonde nos entregamos de corpo e alma, o palco. Tivemos num quesito geral, de deixar maus hábitos e adquirir novos, como o de escutar, de se atentar, de respeitar a direção e ser mais profissionais.

O Andarilho que descobre seu caminho

No decorrer das aulas, tive de lidar com uma velha companheira, “a imaginação e a incorporação de imagens” que sempre esteve presente, diante de meus olhos, porém, ainda tão espessa, aguardando para ser acordada e direcionada para a finalidade correta.
Segue o ensaio, Couto solicita que meu colega vá para o centro do palco e componha uma imagem, e a partir do que ele propôs, é solicitado que eu me aproxime e componha o segmento da mesma, e assim também os meus outros dois colegas o fazem, até que se forme uma imagem. Depois, é solicitado que façamos mais duas imagens que represente o antes e a outra, o depois. Foi a primeira vez que trabalhei desse modo e percebi que uma única imagem pode abrir muitos repertórios para a composição de cena, porque cada pessoa que contribui com aquele desenho que se forma, pensa em algo diferente. Eu por exemplo, tinha uma ideia completamente distinta quando formei a primeira imagem e depois foram seguindo vários desdobramentos a partir das pessoas que participavam. Num outro momento, durante os ensaios para as possíveis cenas testadas, interpretei uma adolescente, uma menina com uns quinze anos, ela tinha muito medo do médico que lhe fazia a consulta e sempre relutava muito para ir na consulta com a tia. Na verdade aquela adolescente poderia muito bem ter medo dele por conta de algo que já havia ocorrido, como por exemplo algum abuso da parte do mesmo. Você sabe, acontece que há profissionais com má índole, e esse médico parecia fazer bem esse tipo. Isso fica muito visível na maneira como ele a observava e conversava com ela, parece que chegava a deseja- la. E, de fato, seu toque parecia um tanto abusivo. Foi dessa forma que vi aquela cena acontecendo.

Cena 6: NO CONSULTÓRIO
DR. LAMBRETA- Está com dodói, coração? Diz pro vovô, diz? Que idade você tem?
Essa frase, trabalhada em cena, mudava completamente conforme a intenção proposta para o personagem. Qual a intenção de Dr. Lambreta? Enfatizo- “Está com dodói, coração? Que idade você tem?” Nela, Dr. Lambreta, interpretado por meu colega Diogo, aderiu ao personagem um olhar mais animalesco, como um predador que deseja, à espreita, comer sua presa.

Diante da proposta, não consegui manter a menina, porque minha mente parecia muito relapsa. Não havia uma conexão forte que teria permitido essa comunicação, ou melhor, essa ligação direta com o personagem. Depois, vi a mesma cena, com minha colega, que possui características bem singulares (referindo- me à voz mais estridente e olhar inocente), percebi que seu corpo e Gesto Psicológico dialogou intensamente com a personagem. Diante dessa observação, não afirmo que tenha sido somente por falta de atenção, mas por um ótimo olhar da direção. Como um diretor, imagino, em seu lugar, que num teste apareçam várias atrizes que aparentem um pouco do que ele visualiza diante do papel, e, então aparece aquela que tem uma incrível semelhança com o que se deseja. Esse olhar sobre o diretor, bem, deve- se ter a confiança diante da experiência desse profissional. Apesar disso, logo de imediato foi difícil para mim, entender que nem sempre se trata de querer, mas de algo a mais que cada um de nós possuímos, uma essência que pode dialogar ou não com aquela imagem que se apresenta diante de nós, mas que, na ausência do dialogo, não se deve deixar para trás e sim, experienciar, sem medo, sem receios.
Lendo o texto de Imaginação e Incorporação de Imagem, tive uma catarse, sobre vários momentos que parei para construir uma personagem e brincar, eu sempre tive o costume de fazer isso com minhas irmãs, outras vezes acabava brincando sozinha. E, nunca passou por minha cabeça que isso tinha realmente uma finalidade e era um procedimento realmente tão válido.

Desejos, devaneios, objetivos de vida, êxitos e fracasso, esquecidos e vagamente recordados aparecem como imagens em sua mente, sem fidelidade aos fatos, como recordações. Agora, em retrospecto, estão levemente mudados, com alguns traços de imaginação. Eis que surgem aqui e li imagens desconhecidas. Elas são produtos de sua imaginação criativa. (CHEKHOV, p. 25- 26, 1986)

Ainda hoje, se paro para pensar e me concentrar, percebo que minha mente me passa infinitas informações, as vezes a partir de uma única palavra. A nossa imaginação é muito criativa e capaz de criar um lugar, uma população inteira provavelmente, apenas pelo simples fato de estar ali parado a imaginar. Chekhov, fez- me atentar para o melhor uso desse procedimento. Depois de uma das aulas de Lara, cheguei em casa, me tranquei no outro quarto e comecei a tentar fazer de acordo com o que era direcionado pelo autor.

Diverte-o o fato de que essas imagens possuem suas próprias vidas independentes; espanta- o o fato de que elas apareçam sem serem convidadas, forçando- o a observa- lo com mais freqüência, despertando seus sentimentos- e ocorre uma reação. Você ri e chora com eles. Como mágica você vê- se no desejo de estar entre eles, de ser um deles, vê- se agora entre eles, quer atuar e atua. De um estado de espírito passivo para um estado criativo. Eis o poder da imaginação. (CHEKHOV, p. 26, 1986)

Exerci o mesmo procedimento depois, no desenvolvimento da personagem que está em criação num projeto paralelo. O meu “estar”, durante esse ensaio, em casa, foi tão intenso, que senti como se esse fosse um dos poucos momentos em que realmente houve essa ligação, um deixar- se ser invadido pela imagem que dialoga com você.

Embora essas imagens criativas sejam independentes e mutáveis entre si, o ator não deve pensar que elas lhe surgiram inteiramente desenvolvidas e realizadas. Para que atinjam o grau de expressividade que o satisfaça, precisará de uma colaboração ativa. Assim, o ator deve fazer perguntas a essa imagem como se fizesse a um amigo, por vezes, lhe dará até ordens rigorosas. Modificando- se  e completando- se sob a influência de suas perguntas e ordens, elas darão respostas visíveis a sua visão interior. (CHEKHOV, p. 27, 1986)

Lembro- me de ter deitado na cama e começado a conversar, mas não com o meu personagem, e sim com o personagem que representava algo para aquele que eu interpretava, o que criei depois disso foi uma variante, utilizei para indagar o outro e reagir ao silencio, ou seja, nem sempre haviam respostas do personagem que dialogava comigo, o que gerava tensão e diferentes reações em meu diálogo com o personagem.
Pensei que seria interessante levar os testes para as aulas, mas ocorreram diversos problemas que me impossibilitaram de estar presente, então, quando dei por mim já não estava mais interpretando o mesmo personagem. Foi então que comecei a declinar nas aulas, parecia que algo não estava dando certo. Interpretei um homem bêbado, mas parecia estar mais ausente do que presente nas aulas. Fui afundada em pensamentos negativos e me pressionei demais, com receio de não estar suprindo quaisquer expectativas. Decidi buscar algum fragmento de roteiro que achasse interessante e acabei por escolher Um Bonde Chamado Desejo, observei que ele se assemelhava de certo modo às características dos outros que eram propostos, por ter uma mulher que apesar de apanhar quase sempre do marido quando bebia, continuava ali, porque se acostumou ou porque simplesmente aceitou essa condição que veio junto ao seu amor por Stanley; por se sentir bem num ambiente mais hostil- digo, hostil dependendo de um ponto de vista obviamente. E, num contraste, a irmã que chega, e vê o subúrbio e fica completamente apática a situação, sendo quase incapaz de entender porque a irmã fica com alguém tão rude como Stan. Mas, que apesar de seus receios e falsa nobreza, de certo modo é instigada por essa brutalidade (Blanche).

Cena 10- UM BONDE CHAMADO DESEJO
(...)
BLANCHE-  Está bem. Vou repetir a pergunta, agir calmamente. Como pôde voltar para esta casa a noite passada? Você deve ter dormido com ele!
STELLA- (...) Está dando demasiada importância a isso.
(...) Stanley sempre quebra coisas. Na noite do nosso casamento, logo que entramos aqui, ele apanhou uma das minhas chinelas, correu pela casa e quebrou todas as lâmpadas.
(...)
BLANCHE- E você... você deixou? Não correu, não gritou?
STELLA-  Eu fiquei meio excitada com isso.
Em paralelo à minha escolha, também foi passado um novo procedimento, o Gesto Psicológico (GP).
Nas qualidades e nas sensações encontramos a chave para o tesouro de nossos sentimentos. Mas existirá tal chave para nossa força de vontade? Sim, e encontramo- la no movimento (ação, gesto). Você pode facilmente provar isso a si mesmo tentando fazer um gesto forte, bem delineado, mas simples. Repita- o várias vezes e você verá que, após um certo tempo, a força de vontade tornar- se- á cada vez mais forte sob a influência desse gesto. ( CHEKHOV, p. 75, 1986)

De certo modo, senti dificuldade durante as aulas já em cima dessa proposta. Como por exemplo em como encontrar o principal objetivo dessa personagem? Como encontrar o principal desejo dessa personagem? Iniciei diversas vezes, com muitas falhas o GP para Stella, mas sentia que ela ainda não estava madura, era o que sempre pensava e praticamente o que sempre Couto dava a entender, talvez fosse o medo da entrega diante dos colegas, por ser um personagem novo e tendo em conta o GP que criei, por vezes percebia muitos olhares que remetiam a indiferença e isso me consumia, atrapalhando minha concentração. A princípio, escolhi para o GP- “adoro o Stanley e gosto quando ele me bate”. Mas, depois de pensar muito sobre Stella, chego numa certa dúvida se esse desejo que construí para me movê-la seria o suficiente. Haja vista que não tenho conseguido sustentar o personagem. Há a necessidade de mais concentração em palco. Deixar meu olhar se conectar com Stella, sinto isso, essa falta, de largar esse medo que tenho criado e que não é normal.

Podemos dizer que o vigor do movimento instiga nossa força de vontade em geral; que a espécie de movimento desperta em nós um definido desejo correspondente e que a qualidade desse mesmo movimento evoca nossos sentimentos. (CHEKHOV, p. 76, 1986)

Num outro momento, Couto pede a mim e minha companheira de cena para repetirmos várias vezes seguidas o GP e em vários intervalos de tempo. De algum modo, Couto nos instiga fazendo com que cheguemos num ápice, e depois retornamos para a cena. Há, nesse momento, uma certa linearidade que necessita apenas de ajustes. Porém, por conta da falta de pesquisa em cima do personagem, sem trabalhar o roteiro, acabei deixando- o muito vazio, sem novas abordagens de minha parte, que possam ajudar a direção durante a composição de cena.

O raciocínio seco mata a imaginação. Quanto mais você sondar e aprofundar sua mente analítica, mais silenciosos se tornarão seus sentimentos, mais fraca sua vontade e mais pobres as oportunidades propiciadas à inspiração. (CHEKHOV, p. 29, 1986)

Ainda assim, não desisti, a pesquisa não deve ser realizada apenas na duração de uma aula. Querendo achar as respostas que procuro, o caminho aprender o roteiro e dialogar com o que o personagem me apresenta no mesmo. Segue em contínua construção o estudo frente ao personagem- Stella.

Recentemente, escalada para participar na cena de “O Pudor do Rio de Janeiro”, Não tive a oportunidade de trabalhar o GP em sala de aula. No entanto, resolvi dedicar- me no quarto para a criação da imagem e busca do GP, pergunto- me nesse momento se, parte desse embasamento em interpretação fixar- me somente no GP e imaginação e incorporação de imagem ou se faz- se necessário a busca de outros métodos que também influenciem de forma positiva na composição do personagem. Apesar disso, sinto que pude ir mais alem do que o esperado para essa cena. Devo levar em conta que mesmo com a busca de outros meios que influenciem de forma positiva a composição do personagem, sinto a necessidade de testar, a partir dessa oportunidade, todos os meios possíveis que tenham como base o GP e incorporação, pois obtendo um determinado resultado a partir do mesmo, pode- se haver uma boa análise desse procedimento em relação aos demais. Como se diz a palavra- Experiência. A experiência será fundamental nesse instante, o que é experimentado poderá ser realmente comentado e discutido.
A experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca. Não o que se passa, não o que acontece, ou o que toca. A cada dia se passam muitas coisas, porém, ao mesmo tempo, quase nada nos acontece. (Bondía, p. 21, 2002)
Experimentar o novo por vezes pode nos gerar um grande desconforto, e, isso não é diferente quanto à nova metodologia, também não é diferente quanto aos personagens. Tenho observado que muitos de meus colegas, talvez por medo frente ao novo, começaram a dizer “não” e “vou pensar” com maior freqüência nas aulas; obviamente, eu mesma nem sempre me sinto a vontade com alguns personagens, porém, decidi encarar as barreiras que tem surgido de modo diferente. Se eu apenas passar a interpretar personagens com os quais me sinto à vontade, que tipo de experiência terei? Adentrar nessa área, como tenho percebido constantemente, diante de tantas intempéries, requer algo chamado “doar- se”, e, percebemos isso da pior forma possível, porque nem todos sentimo- nos preparados para essa entrega.
Segue em construção os estudos e análises dos personagens com base nos GP’s e Incorporação de Imagens. Tendo em conta pontos relevantes.

Quanto mais desenvolvida é sua imaginação, por meio de exercícios sistemáticos, mais flexível e ágil ela se torna. Você deve possuir suficiente força de vontade, mais do em geral exerce nas atividades cotidianas para conservá- las ao ponto em que elas afetem e despertem seus próprios sentimentos. Esse é o poder da concentração. (CHEKHOV, p. 31, 1986)

Chekhov ao falar sobre os meios de exercícios sistemáticos, também esclarece que, mesmo sendo exercido esse trabalho direcionado, não se deve simplesmente espremer esse sentimentos, porque eles irão surgindo por si próprios. Nesse trabalho, que requer tempo, concentração e paciência. Será percebido que não se resultará num estudo superficial do personagem, mas numa relação profunda, ao ponto que, será necessário compor do todo apenas fragmentos, porque assim, haverá sempre uma base a recorrer para preencher, sem estagnar ou tornar o personagem um arquétipo. Penso nessa observação como um diálogo sobre um ser que se for pesquisado profundamente, também será entendido como complexo, assim como nós, e dentro dessa complexidade, há vários caminhos e é a partir desses que podemos trazer sempre algo novo.

Quando trabalha desse modo a personagem que irá interpretar no palco, você pode, para começar, escolher apenas uma característica dentre todas as que apresentam a sua visão interior. Assim fazendo, você nunca conhecerá o choque resultante da tentativa de incorporar a imagem toda de uma só vez, num ávido trago. Você sabe que seu corpo, sua voz e toda sua compleição psicológica nem sempre são capazes de ajustar- se em curto prazo à sua visão. Trabalhar a imagem pouco a pouco evita essa dificuldade. Habilita seus meios de expressão a processarem tranquilamente a necessária transformação e a se prepararem para anuir às respectivas tarefas que terão de cumprir. (CHEKHOV, p. 39, 1986)

Ainda sobre a complexidade que compõe cada imagem que aos se desenvolve, dando vida ao personagem.
Tendo em conta a investigação de sua personagem, você deve penetrar nela, procurar encontrar que espécie de pessoa ela é. Pode- se fazer isso usando sua mente analítica ou através do GP. No primeiro caso, percorre um longo caminho, pois a mente racional, em geral, não é suficientemente imaginativa, é fria e abstrata demais para realizar um trabalho artístico, podendo retardar sua capacidade de imaginação por muito tempo. Talvez note que, quanto mais sua mente conhece a respeito de sua personagem, menos apto você estará a interpretá- la. Isso é uma lei psicológica.É como conhecer tudo a respeito de uma determinada ciência ou arte, mas ignorar o fato de que essa inteligência per se está muito longe de significar proficiência nessa ciência ou arte. Mas, se aplicar o GP a fim de estudar sua personagem, estará recorrendo diretamente às suas forças criativas e não se tornará um ator “livresco” ou um que limita a “papaguear” seu papel mecanicamente. (CHEKHOV, Pg. 84- 85, 1986)

Percebe, então que o trabalho do ator vai além da composição de cena. Porque este, que busca dialogar o mais próximo possível do que lhe é proposto, parte de um estudo minucioso, um longo trabalho, que envolva a entrega, que envolve quase ou mais que o trabalho de um equilibrista. Sendo esse capaz de dialogar a tal ponto com o personagem, que possa entende- lo em sua compleitude e sendo o mesmo bastante minucioso sobre cada abordagem que resgata dos fragmentos encontrados para não tornar o personagem um arquétipo qualquer, mas um ser com vida, com que se é capaz de gerar o famoso encantamento do público, trazer o público para sua vida e fazê- lo chorar e fazê- lo sorrir. Por fim, apesar de seu caráter político, finalizo com um pequeno fragmento da composição de João Bosco (melodia) e Aldir Blanc (letra), O Bêbado e a Equilibrista, por achar uma similaridade sobre o quão duro é um trabalho de um ator para trazer o público o mais perto possível dos fragmentos de realidades ou utopias que se quer fazer refletir ou apreciar.
(...)
Mas sei que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança
Dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha
Pode se machucar

Azar!
A esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista
Tem que continuar
Elis Regina1

REFERÊNCIA

BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Universidade de Barcelona, Espanha. Tradução de João Wanderley Geraldi, Universidade Estadual de Campinas, Departamento de Lingüística. 2002
CHEKHOV, Michael.To the actor: On the Technique of the acting. Capítulo 2- Imaginação e Incorporação de Imagens. Editora Ltda, São Paulo, 1986.
1Letra da música “O bêbado e a Equilibrista”, por Elis Regina. https://www.letras.mus.br/elis-regina/45679/

SILVA, Luiz Fernando L.R. O poético e o factual na letra da canção “O bêbado e a equilibrista”. Revista Alpha, Patos de Minas, 2016.

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