quarta-feira, 27 de abril de 2016

Explosão!

Aula de Corpo I
Em 27 de Abril de 2016

O Corpo dilatado é um corpo quente, mas não no sentido emocional ou sentimental. Sentimento e emoção são apenas consequência, tanto para o ator como para o expectador. O corpo dilatado é acima de tudo um corpo incandescente, no sentido científico do termo: as partículas que compõem o comportamento cotidiano foram excitadas e produzem mais energia, sofreram um incremento de movimento, separam- se mais, atraem- se e opõem- se com mais força, num espaço mais amplo ou reduzido.( A Arte Secreta do Ator. Barba/ Savarese. p. 54) 

Inicio o relato dessa aula com a citação de Barba/ Savarase a respeito de dilatação. Isso, porque partimos de uma riqueza de procedimentos assim como de improvisos para começar a estruturar a peça Sente- se quem puder. Durante as primeiras apresentações, estavam em palco os personagens Alberto e Clarice, cuja regra de jogo transparecia no decorrer das falas, como por exemplo as combinações de músicas que completavam suas frases, posso dizer que sabemos quando há também uma ótima química entre a dupla.
Bastidores: no centro, de vestido, podemos ver o Ator que interpreta Clarice
(Diogo).

A dupla Clarice e Alberto em completa sintonia.
Um ponto interessante que começamos a desenvolver foi o objeto humano, num estilo mais simbolista, a figura humana organizada junto ao cenário tornava- se parte de um todo, torna- se parte daquele ambiente. Logo, conseguíamos visualizar guarda- roupas, cama, sofá, pinturas famosas em tela e esculturas que, quando unidos ao ambiente nos respondia com tamanha beleza: Veja! Sou a contribuição de um todo, sou um objeto, sou uma forma, tomei forma!
Isabela e Samires, em diagonal direita, formam o guarda- roupa.

João, lateral direita, forma o Cabide perto da porta.

No meio, Lucas é o tapete de Urso, atrás João Bisi é
Vaso de Cerâmica. Nas coxias, os atores interpretam
os vizinhos curiosos.
O que acrescento como aluna e observadora é o fato de termos em palco pessoas experientes e pessoas inexperientes, que, ao tomarem forma, não conseguiam obter uma concentração forte o suficiente para segurar até o final da cena aquele objeto. Tomo a mim mesma como exemplo, apesar de não ter essa imagem na foto, quando tomei a forma da estátua Discóbolo de Miron. (c.450 a.c.)
Discóbolo de Miron (c.450 a.c.)
Meu comprometimento de estudo da imagem foi terrível, pois troquei a posição das pernas e não conseguia lembrar de forma alguma em que posição ficava o braço direito. O que deixou meu corpo instável e insustentável. Lembro de escutar a professora relembrando Sustenta o Corpo! Escolheu agora tem que sustentar!
Outra situação que não pude deixar de perceber é o fato de saber que agora, mesmo com muita ou pouquíssima experiência, não sou e nem posso mais agir como uma mera estudante aspirante e tampouco quero ser alguém que faça atos que prejudiquem  ao grupo, o que quero dizer com isso é que vi a grande empolgação de todos (me incluo em muitos momentos), mas que mesmo a empolgação na hora da criação e transição de uma cena para outra, poderia ter ocorrido com um pouco mais de comprometimento, como por exemplo evitar várias conversas paralelas enquanto a professora mencionava constantemente as mesmas palavras. Cheguei a pedir à uma colega que respeitasse um pouco evitando falar enquanto a professora instruía, recebendo em contrapartida palavras grosseiras. Não direi nome de ninguém. Gosto imensamente de minha turma e sei que somos demasiadamente falantes e empolgados, contudo, claro, como não ser quando somos atores. Mas, como atores e futuros docentes, em algum momento estaremos numa situação como essa, é apenas um caso a se pensar, que no decorrer do tempo teremos de aprender um pouco mais sobre sermos profissionais.

A Explosão em cena

Novamente estou eu aqui, a falar de meu querido amigo San, meu companheiro de paixões por desenhos, pelo Japão e tantas outras coisas. Algo a mais que me serviu como aprendizagem hoje é que estamos suscetíveis a qualquer coisa, enfatizo, " qualquer coisa". Durante uma das cenas, agradeço por ter sido a final, a Rejane simplesmente falou, San, esse é o seu momento. E, como ele adora, começou os giros, gritos de monstro, pulando, haviam muitas pessoas ao redor. Paro e volto. Mais cedo no trabalho, estava me sentindo mal, com muita dor de cabeça, então meu marido pediu que eu ficasse em casa, mas isso é quase impossível porque não gosto de forma alguma de faltar aulas, logo, resolvi ir. Provavelmente durante esse horário o meu amigo San estaria entrando na van para seguir à Universidade. Depois de algum tempo eu cheguei, e, ele, logo em seguida. O ensaio continuou e ele esqueceu de tirar o tênis. Durante esse momento eu estava tranquila e sorridente pensando na próxima cena. Ele teve a primeira explosão e eu fiquei com receio vendo todos se jogando no chão. Rejane falava, alguns prestavam atenção, outros riam, outros brincavam, outros estavam no mundo da lua. E voltamos para a explosão. Paro novamente. Se eu tivesse voltado para casa, teria descansado um pouco, mandado a mensagem à professora pedindo minhas desculpas por não ter ido à sua aula. depois procuraria desenvolver uma das postagens no blog, enquanto o San estaria na van seguindo para a Universidade e estaria atento ou não ao fato de que seria melhor tirar o seu tênis durante o ensaio, e de repente quando Rejane dissesse- " é seu momento". Ele teria feito sua maravilhosa explosão como o de costume sempre nos trazendo alegrias, provavelmente eu teria assistido ao possível vídeo que alguém resolveria fazer desse ensaio, rindo sempre das performances dele. Mas, ocorreu o contrário, quando a frase é o seu momento se firmou, percebi não estava em casa, senti apenas uma estranha sensação, uma leve dor que aumentaria assim que meu corpo começasse a esfriar. O San estava de costas para mim quando deu um grande pulo, e, eu estava de lado tentando não cair do empurrão que levei de um dos colegas, quando o pé dele, calçado com seu All Star concentrou todo o impacto que poderia em seu calcanhar, para conseguir equilíbrio, ainda com as penas flexionadas na mesma posição que um jogador de Vôlei cai depois de sacar uma bola. Bem, eu fui andando devagar para o banheiro, tentei lavar o dedo que já estava num roxo quase um vinho tinto, uma mistura bela. Meu corpo começou a esfriar e senti uma dor inevitável, consegui uma carona com meu amigo. O vento forte ia de encontro com a moto enquanto sua frieza penetrava as laterais de minha unha ensanguentada. Mas, sobrevivi. Quis enfatizar a dor, porque nunca na minha vida tinha espocado meu dedo numa situação tão absolutamente boba. O resultado é que estou perdendo minha unha, que encontra- se com o sangue coagulado na derme. Ela só crescerá depois que a parte morta sair completamente, então todos já sabemos, que não importa o trabalho, sempre há situações inusitadas, até onde soube, atores esperam morrer no palco, então porque não perder a unha ou quase um dedo.
Tirando isso, a aula foi maravilhosa!

Att.: Sami Cassiano


terça-feira, 26 de abril de 2016

The Blues

Aula de Voz I

26 de Abril de 2016

Essa aula me tocou intensamente, primeiro por perceber que o nosso processo ficará lindo, segundo porque uma das escolhas para a voz tem como base o blues. O blues, a princípio, teve o nome de "worksong", que se deu a partir da vinda de negros que foram escravizados durante um longo período, nos EUA. Relatos informam que os mesmos costumavam cantar durante o trabalho melodias tristes ou esperançosas que diziam mais ou menos que esperavam ansiosos o final do dia, que sentiam falta de familiares ou que estavam sofrendo. De algum modo essa história me afeta muito. Quando criança, costuma escutar algumas músicas enquanto minha mãe arrumava o guarda- roupa e dentre elas havia Jimmy Hendrix, Bruce Springsten, B.B. King entre outros, como por exemplo Aretha Franklin, que gosto muito. Talvez minha mãe tenha sido fundamental para que minha mente fosse sempre aberta para novas ideias e possibilidades, pois costumo escutar muitos estilos de músicas desde nova. Porém, sejamos francos, uma gaita e uma guitarra são suficientes para tornar o som poderoso. E, foi exatamente isso que ocorreu no anfiteatro. Nossos colegas, Vitor, Juliana e Paulo Henrique simplesmente foram maravilhosos na execução dos sons. Abaixo segue um dos worksongs, no período de árduos trabalhos de negros escravizados, prisioneiros. 

Durante nossos processos de pesquisa para elaboração das postagens acabo percebendo o quanto minha mente vem permitindo- me olhar em ângulos diferentes as mais variadas formas de aprendizagem, digo isso voltando- me para a diversidade de culturas que contribuem para novas técnicas que ajudam na elaboração de ideias e formação de pesquisadores. Agregar o blues à nossa performance abriu espaço para brincarmos um pouco com nossas vozes. Quando escuto essas canções, sozinha, costumo fechar os olhos para sentir o máximo possível toda a sensação que aquela música pode me proporcionar. Mas, em grupo, há uma certa diversão, uma liberdade.

Segue abaixo nosso primeiro ensaio para a realização da abertura de processo.




Seguimos numa grande roda preenchendo todas as laterais do Anfiteatro. Allan começou a cantar, não era uma música certa, mas sim arranjos de notas, melodias que remontavam ao blues, depois um de cada vez tinha seu momento para cantar no microfone. De acordo com BELO, Sara:

(...)A voz pode ser usada como um recurso expressivo e criativo bastante importante. Por exemplo para gerar ambientes sonoros: imitação de animais, imitação de sons produzidos pela natureza (como o mar, o vento, etc.), para gerar ambiências de terror através de gritos, de respirações; ou pode ser usada na sua vertente mais musical: voz cantada a solo ou em conjunto; enfim, a voz pode ser usada de tantas formas quantas a imaginação o permitir. Por isso o actor tem de ter uma voz livre, mas ao mesmo tempo dominada e preparada para servir múltiplas e variadas propostas: a par de um aprimoramento e rigor técnicos tem de arriscar e procurar outros registos expressivos. (A VOZ NA CRIAÇÃO CÉNICA - Reflexões sobre a vocalidade do actor. p. 21, 2011)

Assim, a roda de atores começou a preencher o palco aos palcos, entoados pelo som do tambor cada vez mais intenso e frequente, remetendo- nos ao medo, ao susto, ao terror... o tambor forte é a deixa para o grito de horror frente à plateia. Meus olhos seguiram na direção do que antes seriam as cadeiras, mas agora, deformadas, apareciam criaturas estranhas que se contorciam. Todos parados, olhar para a plateia, o som do tambor retorna, seguimos para trás, juntamo- nos, deixamos o ruído tomar conta e começamos a brincar com a voz. - Mamãe! Hey, você está aí? Olá? De repente, anne iniciou a cantiga de ninar, Se essa rua fosse minha. Fomos nos levantando aos poucos seguindo a canção, retornamos para as laterais com as cantigas cada vez mais animadas, demos praticamente umas três voltas até retornamos novamente ao palco brincando e cantando. Com uma energia que parecia querer explodir a qualquer instante, senti novamente a felicidade de uma criança. Mas uma criança no coração. 

O actor é, simultaneamente, um elemento de importância primordial – pois é da eficácia da sua actuação que depende o êxito do espectáculo – e uma espécie de elemento passivo e neutro – pois toda a iniciativa pessoal lhe está rigorosamente vedada. Este domínio é, aliás, um domínio onde não há regras precisas; e entre o actor a quem se exige apenas um simples e determinado tipo de soluço e o que tem de pronunciar com todas as suas qualidades pessoais de persuasão, há a mesma margem de separação que entre um homem e um instrumento. (ARTAUD, 1996, p. 96).

Att.: Sami Cassiano.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Abstrato

Aula de Corpo

25 de Abril de 2016


Seguimos os movimentos a partir das projeções de imagens abstratas seguidas de músicas cantadas por nossos colegas de classe. A música de Elis, que segue abaixo, foi cantada por Brenda, durante o processo de Campo de Visão.



Aula intensa com a procura de novos meios que realcem em nós a fala interna. Percebi, nessa noite, que os esboços criados durante o treinamento energético, não somente em casa como eu tenho costumado fazer mas também nas aulas, conseguiram transparecer melhor as atividades físicas. Os meios abordados foram os slides com pinturas abstratas,  devido à falta do cabo de som, as músicas foram cantadas por nossos colegas e posso dizer que essa alternativa ficou linda em conjunto com as ilustrações. 

Vincent Van Gogh


As vibrações que senti durante o treinamento foram totalmente diferentes do normal, as luzes foram apagadas, dando- nos mais liberdade para iniciar o lindo ritual e chegar em nossas substituições. Trabalhamos também o campo de visão que a princípio começara com um grande grupo e depois fora se dividindo em outros subgrupos. O interessante é que ao finalizarmos essas primeiras atividades, alguns colegas conversaram comigo informando que não conseguiram fazer nenhuma substituição, que a escuridão lhes atrapalhou durante o processo de criação e que não sabiam o que seguir, se seria a música ou a imagem. Depois fizemos uma grande roda, e nossa finalidade agora seria exercer ações do cotidiano, aquelas que costumamos fazer sem nem percebermos, alguma mania, não gestos e sim ações, como por exemplo quando estamos numa fila para pagar uma conta, o tempo passa e não chega nossa vez, então costumamos começar a fazer pequenos movimentos de inquietação, passar a mão no rosto pensando porque está demorando tanto? Ou, nossa, vou acabar chegando atrasada no trabalho. As articulações geralmente tendem a ficar tensas, limpamos o rosto, coçamos o braço, estalamos as mãos, arrumamos o cabelo. Mas, tudo isso sem ao menos percebermos o quanto aquela situação se tornou incômoda ao nosso corpo e mente, e desse mesmo modo, nos fala Grotowski:

Quase sempre o gesto encontra-se na periferia, nas "caras", nesta parte das mãos, nos pés, pois os gestos muito freqüentemente não se originam na coluna vertebral. As ações, ao contrário, estão radicadas na coluna vertebral e habitam o corpo. O gesto de amor do ator sairá daqui, mas a ação, mesmo se exteriormente parecer igual será diversa, começa ou de qualquer parte do corpo onde existe um plexo ou da coluna vertebral, aqui estará na periferia só o final da ação. É preciso compreender que há uma grande diferença entre Sintomas e Signos/Símbolos. Existem pequenos impulsos do corpo que são Sintomas. Não são realmente dependentes da vontade, pelo menos não são conscientes. ( Sobre o método das ações físicas. p.2, 2014) 

Durante um tempo analisando meus feitos durante os procedimentos, percebi que apesar de toda a beleza composta não apenas pela professora, ao agregar as imagens; mas também de meus colegas, ao cantarem belamente músicas estilo MPB,não foram suficientes para minha completa entrega durante o procedimento. Senti- me vazia, como se não tivesse conseguido chegar na entrega completa, não fiquei vulnerável o suficiente para que pequenos reflexos tomassem conta de mim a ponto de chegar na substituição. 

Att.: Sami Cassiano

terça-feira, 19 de abril de 2016

Dilatação da Voz

Aula de Voz I

19 de Abril de 2016

A aula, dessa vez, foi ministrada em sala de aula. Para tornar o ambiente mais propício, concordamos em apagar as luzes durante a recitação dos poemas. Iniciamos com Alberto, não me recordo agora se fui eu que recitei depois do mesmo. Mas, comentarei sobre o momento em que fui recitar. 
Luzes apagadas. Decidi não usar a luz do celular para que não fosse tirada a minha concentração, caminhei até um ponto em que as cores das palavras tornaram- se visíveis devido ao pequeno feixe de luz que reluzia do corredor pelo vasculhante. Meus ouvidos fecharam- se. Primeiro, voltei à infância. Eu estava no quarto dos meus pais, com o livro de literatura na mão, esperando pelo-" Pode começar"! De papai Fernando. O meu pai Fernando na verdade não é meu pai biológico, Ele chegou em minha vida quando eu tinha mais ou menos uns quatro anos, lembro- me que um dia ele conversou sobre algo parecido, Você pode me chamar de pai se quiser ou de tio Nando. Mas, escolhi chamá- lo de pai. Isso porque ele cumpriu desde sempre esse papel. Seus métodos de ensino eram um pouco rígidos para a minha mente e de minha irmã Nanda, sua filha biológica. Durante os estudos de matemática, ele nos sentava lado a lado, pegava a palmatória e começava a perguntar sobre as multiplicações, adições, entre outras. Sempre que errássemos, recebíamos em contrapartida uma palmada na mão. O estudo terminava e parecia que eu e Nanda estávamos vindo de um campo de tortura, com os olhos vermelhos de tanto chorar, e, as mãos em cor proporcional às dos olhos. (risos)
Eu gosto de lembrar disso, porque meu pai me ensinou a querer aprender a tabuada para não levar mais palmadas nas mãos, aprender se tornou uma questão de honra, aonde quer que eu fosse, levava a tabuada comigo, esquecia do tempo no banheiro só estudando as multiplicações. As sabatinas continuavam e eu levava cada vez menos palmadas, mas continuava chorando muito porque a Nanda nunca gostou de matemática e preferia levar palmada a estudar os cálculos. Não era diferente em relação à leitura. Ele nos colocava no quarto, trancava a porta e dizia:- Eu quero escutar claramente o texto daqui, na sala. E, depois me expliquem o que entenderam. E a batalha literária começava. A verdade é que eu nunca passava muito tempo recebendo chamadas por algo. Sempre procurava me superar e até começava a me sentir muito bem fazendo isso. Mas, quando Nanda entrava em cena, aos meus olhos iniciava- se o martírio. Hoje costumamos rir muito mesmo disso. O fato é que essa foi a essência para que eu inicia- se a recitação. Depois, me vi dentro do meu quarto, com mais ou menos uns 18 anos. Sofrendo de depressão. É que eu sempre tive uma paixão imensa pela dança. E, apesar de ter iniciado o curso de física, de virar noites e noites em claro estudando, em minha mente, esse mundo não fazia muito sentido. Eu era rodeada por amigos das turmas de química, física, engenharia, biologia e publicidade,... mas ainda assim parecia estar sempre sozinha. Quando iniciei o curso de Física, sumi das aulas de balé, pois queria tentar seguir em frente e me focar, mas não demorou muito para minha mente ficar conturbada e meu corpo chorar pedindo para voltar. Liguei para meu antigo professor de Hip Hop, Edgar Damasco, pedi que me ajudasse a retornar. Ele conseguiu uma bolsa pra mim no turno noturno. Então, nesse período ganhei duas bolsas, umas pela CAPs referente ao projeto que desenvolvia com meu orientador Dr. João Netto e a bolsa no Studio de Dança Patrícia Marques. Minha rotina era acordar às 5h45 para estar às 7h no IFAM, que era o horário da orientação. Depois da orientação vinham os estudos rotineiros até as 13h, início da aula, saía as 18h correndo, para receber a carona de um amigo que adorava tudo relacionado à dança, e por esse amor, ele me ajudava sem cobrar nada, nada mesmo em troca. Às 19h já estava com a roupa confortável e pronta para ensaiar. O retorno para casa era sempre complicado, pois o bairro em que eu tinha as aulas era muito longe de casa e passava por outros bairros considerados muito perigosos. Mas era tão bom,... Depois de um tempo eu já começava a faltar às aulas de Cálculo IV (eu realmente adorava essa disciplina), e um espetáculo muito importante se aproximava. Eu começava a me sentir um pouco fraca,... adoeci. O médico me informou que adquiri gastrite, e, que sofri uma fadiga. No decorrer dos dias comecei a sofrer por não saber mais o que fazer de minha vida... Meu co- orientador conversou comigo, disse que meu projeto estava entre os mais cotados e que se meu embasamento e cálculos tivessem bons fundamentos como o esperado, conseguiria uma bolsa de estudo na França. Consegui acesso às aulas de Frances juntamente com meu namorado, do curso de Engenharia Mecânica. Agora, havia mais uma preocupação. Numa manhã, tranquei a porta do meu quarto, me encostei num canto, entre a cama e o guarda- roupa, e me entreguei ao choro... Eu poderia conseguir a bolsa, quem sabe trabalhar em algum Instituto de Meteorologia ( sempre tive fascínio por fenômenos e desastres naturais como Descarga elétrica, Tornados, Tempestades) ou poderia correr o risco de me engajar na dança ou no Teatro,... E, pensei no que isso implicaria para meus pais, em especial ao meu pai Edimir... Pensei na reputação de minha família, eu era a filha que passara nas Universidade e Instituto Federal,.. eu era o comentário para os parentes, motivo de orgulho da minha linda avó. Perguntei a mim mesma, olhando para o espelho do armário. Samires, o que você quer? O que você quer? O que você quer? A minha mãe me interrompia de hora em hora perguntando se estava tudo bem, enquanto eu só retrucava, enxaqueca, enxaqueca,..  Então tomei uma decisão da qual não posso mais reclamar, pois hoje sei que tudo me levou para o lugar em que estou hoje. Eu apresentei no espetáculo. Antes de começarmos lembro de ter ido ao palco ainda vazio, fiquei olhando para tudo ao redor. Agradeci a Deus por ter me dado aquela oportunidade de dançar, prometi que não erraria nenhuma sequência,... Depois foi a magia. Foi perfeito. Terminei meu namoro. Cheguei ao 7º Período, mas encontrei alguém cuja essência nada perfeita o tornou perfeito, pois todos os nossos erros trouxeram- me para onde estou. Já aqui e longe de meus pais, continuo a tomar decisões e correr atrás de coisas importantes. Mas, essa corrida ganhou novo sentido. Esse curso deu- me a chance de poder responder o que quero ser. No fim das contas eu sempre presenciei meu próprio drama. Sou alguém que rir sem motivo, aliás quase toda a família de meu avô materno, " Minha maior inspiração", é assim. Choro na mesma medida que em fico rindo, choro de saudade, choro de amor, choro pelo que for. Grito quando preciso, as pessoas me acham fofa e eu me acho uma boba e tola. Pois meu excesso é um drama que não tem fim... Por isso escolhi esse poema. Por isso fiz essa substituição. Segue o poema de Clarice Lispector.
Sonhe
Seja o que você quer ser,
Porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.

Tenha felicidade bastante para fazê- la doce.
Dificuldades para fazê- la forte.
Tristeza para fazê- la humana.
E esperança suficiente para fazê- la feliz.

As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus
caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram .
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por 
suas vidas.

Quero agradecer à professora Rejane por sempre conversar conosco, nos mostrando onde melhorar, nos ensinando novos caminhos. E, agradeço muito aos meus amigos de sala, porque sei que compartilhamos muitos sentimentos juntos. Sempre faço questão que me falem o que for preciso, porque acredito muto no processo contínuo de aprendizagem. E, confio muito nos profissionais que nos direcionam nessa Universidade. Quero enfatizar uma pessoa, que, por imenso respeito, darei apenas o nome, "amigo". Ao meu olhar, quando escolho algo, não o escolho por escolher. Há uma essência pelo que optei. Mesmo alguém que diga, eu não pesquisei ou eu não procurei, precisou de um nome base para sua pesquisa, precisou escolher em algum momento. Então meu querido amigo, lhe direi algo que aprendi com uma incrível Professora Doutora. 
Aquilo que eu não sei.
Eu procuro
Eu leio
Eu treino
E aí sim eu o aprendo.
Não tema o desconhecido, torne as barreiras uma motivação para aprender sobre o desconhecido. Pois assim, quando algo similar lhe aparecer novamente, você já não o temerá como antes. Eu falo isso como alguém que se deparou diante de uma barreira, e por medo, preferi mudar a ter que encarar. O professor está presente em nossas vidas para nos direcionar. Então temos que nos desfazer de tudo aquilo que possa nos cegar diante de nossa aprendizagem. Com a mente clara e aberta, conseguiremos enxergar melhor esses caminhos. E, o que digo, é para você, para mim e todos os nossos amigos.

Att.: Sami Cassiano

segunda-feira, 18 de abril de 2016

O Ritual e o Sacrifício

Aula de Corpo I

18 de Abril de 2016




OK. Antes de tudo. Mas que final de tarde estressante! Tudo errado, transito errado, parado, enquanto eu e alguns de meus amigos também tentavam chegar para a aula de Rejane. 
Nessa aula, ficamos de entregar nossos poemas e declamar enquanto os vários grupos faziam o jogo do campo de visão. Como mencionei acima, cheguei uns 30 minutos atrasada e indo à caminho da Gimnica, ainda ao lado de fora podia escutar o som do tambor e pessoas que falavam no microfone. Senti a emoção antes de ao menos tocar os pés na sala. Ao entrar, vi dois grupos fazendo o campo de visão e um de meus colegas declamava seu poema. O que posso dizer? Eu poderia ter entrado de imediato para fazer o jogo. Porém, decidi apenas por um breve momento observar a beleza que se construía naquele ambiente. Vi os olhos de Rejane, vi Thiago, Amires e tantos outros, eles estavam numa energia alucinante. E aquelas palavras... Me atrevo a dizer que nunca encontrei tanto significado em versos como pude encontrar nessa noite. É bem interessante, eu me via como parte de um todo, fazendo por vezes aqueles movimentos nas aulas anteriores e depois pude vê- los, cada um em seu individual rito e juntos parte de uma obra prima. Tão simples seria sem o som, mas o tambor nos faz querer estar ali, atrevo- me novamente! O tambor gera um acordar para o novo. De repente Paulo passou por mim e eu pude acordar. Minha corrida foi algo parecido com: - Hei! Me espera que eu também quero entrar!Segui para o grupo de Amires, senti nela uma energia incrível, pois nós corremos, fomos ao chão. Posso dizer que havia uma certa interpretação dos poemas. Mas tentei não ficar somente nos movimentos, tentei aprofundar- me... Comecei a sentir a batida mais profunda. Para explicar agora meu método de substituição terei de voltar ao tempo e informar pontos que tornaram- se uns de meus princípios. 
Eu nasci numa família cristã católica, fui batizada, segui toda uma trajetória embasada nos costumes de minha família. Mas, havia algo que eu ainda não conseguia identificar. É pelo fato de ter visto muito desde criança, almas desgovernados, com boas e más intenções. Meu amigo visitou- me na noite de sua morte e eu fiquei sem entender,... ou talvez simplesmente não quisesse entender, aceitar ver alguém tão importante simplesmente sumir de sua vida. Minha adolescência começou a mudar. Comecei a procurar por essência, lendo sobre o budismo e algumas outras crenças que geravam mais conforto em mim. O budismo me ajudou a encontrar a paz em momentos difíceis. Agir com amor e cautela independente de qualquer coisa e agradecer toda manhã pelo simples fato de ter aberto os olhos. Foi aí que criei um de meus primeiros rituais: - O Ritual da Manhã. Eu acordava, me espreguiçava, deitada e em seguida sentada, com o sorriso ainda tímido. Chegava em frente à janela cuja vista linda tinha do Quintal magnífico de casa e falava alto- Bom dia mãe natureza! Enquanto meu corpo esticava- se quase por completo. Para, assim, seguir a rotina. 
Os fantasmas ainda me assombravam, por vezes meu psicológico encontrava- se fraco devido à rotina dos estudos, o que sempre os trouxera mais fortes ainda para perto de mim. Eu apenas fazia o meu melhor em ignora- los. Depois disso, li um livro que mudou minha vida,e, que sugiro a todos, não como uma forma de trazê- los para novas crenças, mas sim para apreciarem a beleza de sua informação, para interpretarem a essência do que o mesmo quer passar. O nome do livro é "Brida", de Paulo Coelho. 
Paulo Coelho tem um lago"Mago", "Feiticeiro", cuja doutrina do mesmo remete muito ao espiritismo.  E, isso é muito perceptível em Brida. Resumindo, nessa obra, Paulo nos faz enxergar nas coisas simples e à priori, banais, como algo muito útil. Uma delas refere- se aos nossos sonhos, que por vezes seguem- se de diversas informações e que depois são esquecidas ou deixadas de lado. Mas, na visão dele, há a necessidade de escrever sobre os sonhos, então é sugerida a ideia de deixarmos sempre um papel com lápis em baixo do travesseiro ou o mais próximo possível, e o por que disso? No sonho há o ideal, há o irreal, há a vontade e tudo quanto o imaginário seja capaz de fazê- lo, e é por meio desse que podemos processar maravilhosas interpretações. Outra, é a "Aura", que se apresenta perto do ombro de cada indivíduo. A aura pode ter várias cores com várias intensidades, pois ela explica o momento pelo qual o indivíduo passa. Então, por exemplo, vemos alguém com uma energia incrível a ponto de transbordar, no campo de visão Amires transbordava, ou seja, sua aura contagiava e emanava uma imensidão de luz! Uma das características mais impressionantes sobre a aura é a explicação dos laços que criamos com pessoas que nunca haviam nos encontrado pessoalmente, é o famoso- Nossa! Parece que te conheço há tanto tempo! Nela, a essência faz quase uma substituição pelo corpo. Somos parte de um todo, que foi distribuído em partes ao longo do tempo e em todos os continentes. Quando encontramos pessoas com auras iguais, sentimos uma atração cuja explicação não se define. Isso porque a aura daquela pessoa é parte da minha, independente de ser homem ou mulher. Aí encontra- se a essência. Pois ela elimina o gênero e conserva acima de tudo o amor pelo próximo. Diante dessa explicação, afastei- me do catolicismo e voltei- me mais para minhas concepções sobre Amar a essência. O que a sociedade cria como belo, em minha concepção, não passa de uma ideia de alienação para a população em massa criar loucuras e medos compulsivos que inclusive, quase fizeram com que eu me internasse. O belo aos meus olhos não é o estereótipo, mas a essência. Tudo o que falei agora é a explicação do que senti, dessa catarse que vivenciei durante a transição do corpo movimentando- se até chegar na substituição. Eu me vi em meu próprio ritual, com minhas irmãs e meus irmão, exaltando o desconhecido assim como transformando as palavras dos versos em sentimentos. 


Agora, volto- me para nosso segundo líder, (E). Quando preciso falar de (E), sinto- me no dever de utilizar da melhor forma possível as palavras certas. O que vejo quando ela está em cena ou como por exemplo, durante o campo de visão, é uma pedra preciosa bruta que precisa ser lapidada, na verdade não somente ela, todos nós temos essa parte rígida, mas direciono- me à ela em especial. No início, ainda sentia- me no ritual, mas depois pareceu- me uma festa em seu fim, cujas pessoas já estavam cansadas de tanto dançar. Sim, pode ser isso, ela estava cansada, e pode ter começado a trazer esse sentido como método de substituição. Ou, ela ainda tem receio de mostrar o quão criativa pode ser. Penso, o quanto de energia deve ter nesse corpo pronta para fluir. Apenas se liberte (E), deixe sua imaginação entrar no desconhecido e o explore. Mas, houve um momento em que a mesma simplesmente parou e pareceu gritar para a professora que ela a trocasse por outro imediatamente. Todos nos olhamos e retomamos aos poucos o acompanhamento daqueles passos cansados e tímidos. O líder trocou novamente, agora era João, e então saí completamente do Ritual. O que acontece é que João é brando, leve como uma seda que desliza ao corpo de uma bela dama, por favor, não me entenda mal, refiro à sua tranquilidade exacerbada. Lembro- me de tê- lo visto se dilatar durante uns dos improvisos, e foi incrível, então vamos meu amigo, não tema, dilate seu corpo, dilate sua mente. Trocou novamente o líder, agora sou eu,- espera, eu não conseguia mais chegar à tempo do sacrifício durante o ritual, exceto pelo tambor que tentava me sugar. Eu escutava flores em versos que alguém estava a declamar e de repente consegui me assimilar. Vi- me em minha antiga casa, eu tinha passado o dia anterior no Pronto Socorro, devido ao meu ataque de asma, isso me impossibilitou de ir para o curso. Coloquei minha calça frouxa e preferida, que sempre me remetia ao balé, à minha linda e magnífica professora Ana Mendes. Deitei na cama para ler o livro de Física I, de Halliday Resnick. Estava até concentrada, mas minha atenção foi substituída pelo berro da mamãe. Ela tem o costume de falar alto... - Paquita mamãe! Vem aqui rapidinho, tem uma pessoa querendo te ver!! Quando eu cheguei à janela, vi o Igor, com aquele nariz de rato! Ele era realmente muito engraçado, com o óculos quase caindo e aquele cabelo de anjinho. Eu comecei a rir porque na verdade eu estou quase sempre rindo,. Caminhei até a porta da varanda. Então, seus braços outrora quase invisíveis escondendo- se nas costas começaram a mover- se em minha direção, surpreendendo- me com um buquê de Rosas Vermelhas e um coração de pelúcia com dois anéis entrelaçados. As palavras não apareceram em minha boca, na verdade eu até havia ido lá na frente um pouco sem graça, pois estava desarrumada e com cara de doente. Porém, sabia que se eu não fosse lá, aquele macakito (apelido) iria bater na porta do meu quarto até que eu fosse à loucura. Eu nunca havia ganhado rosas, e aquele momento foi simplesmente único. Lembro que ele precisou retornar para dar aula e eu fui ao quarto, passei um longo tempo cheirando as rosas, toda boba, tão melodramática, tão tímida, tão adolescente. Nós não duramos tanto quanto esperávamos, isso  porque eu me sentia muito nova para me ater num relacionamento tão forte e sério. Eu não queria ser um reflexo na família,... Mas, foi bom enquanto durou. O que ocorria durante essa substituição era uma garota apaixonada que estava a exaltar as flores. Por hora ela queria voar, por isso seus braços ergueram- se e depois ela se sentiu no meio de um mar profundo de paz e então os braços seguiram como se fossem carregados por ondas. 



Aí de repente Rejane trouxe- me para o real, pedindo que cada um de nós formássemos uma dupla com a primeira pessoa que estivesse à nossa vista. Meus olhos encontraram Mari. 
Mari e seus cabelos de fogo, nós a chamamos de Jean Grey, eu particularmente a chamo de Fênix. Ela se aproximou e disse, o que vamos fazer? E, eu lhe disse, hora, é ação e ração, vamos ver até onde conseguimos ir. Comecei empurrando- a, resolvi buscar algo dentro de mim, e encontrei a raiva. Eu a empurrava e recebia grandes empurrões em troca. Um foi muito forte, nossa força levava uma a outra até o outro lado do espaço. Não aguentei, precisava sentir algo mais forte dela, eu queria receber uma reação maior que aquelas, então dei- lhe um tapa. Ela me empurrou mais forte ainda, ... tentei não cair no chão, pois Mari é grande e forte e pela mesma razão eu a queria retrucando seu melhor em mim. Nossos braços se entrelaçaram, eu retirei, comecei a deixar a raiva crescer, dando- lhe empurrões seguidos. Então, Rejane pediu para pausar, enquanto Mari chegava em mim e dizia,- Sami,eu fiquei com muito medo de te machucar. Retribui o carinho, dando- lhe um beijo no ombro e um amigável abraço. 
O vídeo que escolhi para mostrar um pouco sobre o jogo de gerar um impacto sobre o oponente foi o do filme " O poder do Ritmo". 



O estilo de dança feito acima é o Krumping. E eu o escolhi exatamente pelo seu significado. O Krumping advém do clown dancing e seus movimentos tem como um dos sustentos, tirar toda a raiva que está em seu corpo até que não reste mais nada da mesma e apenas haja sentimentos bons, tornando- se assim, uma dança de libertação. Isso tudo porque esse movimento teve surgimento num período onde o que predominava era a violência. Se você observar algumas das sequências, é perceptível que há um tipo de luta, em que cada elemento do grupo tenta atingir em expressões, gestos e movimentos fortes, o seu oponente. Não deixando de ser um jogo de ação e reação.
Fizemos a grande roda para discutir o assunto. Allan foi um dos que se manifestaram e o interessante é que ele falou exatamente sobre o que senti, sobre o sacrifício, sobre o ruído, a vibração. Claro, foi ao seu modo e com suas próprias características frente ao manifesto. Mas, deu para perceber o quanto a maioria de nós sentimo- nos apropriados por toda aquela beleza ritualística. Rejane enfatizou sobre algumas pessoas que precisam se soltar mais, assim como mencionou sobre algo que sempre esqueço, "OS JOELHOS". É incrível como eu consigo esquecer algo tão importante! 
Mas, depois de atentar- me muito às suas palavras, tomei uma decisão. Propus a seguinte ideia para meus amigos:- Pessoal e que tal se nós nos reuníssemos para fazer um treinamento energético contínuo? Muitos gostaram, mas poucos ainda se manifestaram. Então comecei a criar minha própria aula. A parte de alongamentos já é algo muito normal pra mim, e treino constantemente pulando corda para criar resistência. Durante as leituras sobre o  treinamento energético e muitos vídeos que venho assistindo, acabei criando uma grande empolgação. Delimitei os treinamentos iniciais na duração de duas horas e meia, seguindo o que a professora costuma pedir antes de fazermos as ações livres, como por exemplo, desenhar o círculo e pintar, torcendo o punho e tornar os movimentos mais firmes. Fiquei repetindo durante um bom tempo- Joelhos flexionados, joelhos flexionados! Porém, fiz uma mudança ao deixar 1 hora os movimentos sem som e depois coloquei uma sequência de músicas com tambor e outros instrumentais Membranofones voltados para as músicas africanas. Por que Músicas Africanas? Porque há uma essência nelas que me levam para uma outra realidade. Sinto- me envolta de uma fogueira, no deserto, livre, somente há as estrelas e o resto é sugado pelo tambor através do meu corpo. Está sendo uma experiência muito interessante. Recordo que anteriormente referi- me a resistência, mas chega um momento durante os movimentos que nosso corpo parece querer falhar, nesse momento talvez tenham surgido as ações. Para saber melhor, terei que filmar, e ainda encontrarei um modo de fazê- lo para lhes mostrar. 

Att.: Sami Cassiano.

  

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Continuidade Elaborações para Abertura de Processo

14 de Abril de 2016


Bem, de fato nessa aula seria feita a nossa avaliação. Mas, a pedido da maioria, a avaliação foi reagendada para o dia 20 de Abril. Demos procedimentos na criação do roteiro para a apresentação dos jogos de improviso. Dessa vez conseguimos organizar melhor as ideias e a professora Rejane pediu o roteiro dos improvisos de cada grupo para a próxima aula. 

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Criatividade na Grande Roda!

Jogos Teatrais

06 de Abril de 2016

Objetivos:


  • Proposições de narratividade entre os quadros/ cenas para o nosso Brainstorming;



Bem, apesar dos dois objetivos, conseguimos realizar apenas o primeiro, que é referente à semana para abertura de processos. Durante a aula fizemos uma grande roda e começamos o Brainstorming, onde cada um falava suas ideias a respeito de como proceder a nossa história adaptada das improvisações em jogos teatrais. Foi incrível, um emaranhado de ideias, cada uma mais louca que a outra, que foram organizadas posteriormente por (R), veremos que ficará na próxima aula.


Tempestade de Ideias!



  • Escolher um elemento de estranhamento para o improviso;



  • Eu realmente gostaria que essa aula acontecesse, mas não deu tempo.... Fiquei pensando nisso o dia inteiro porque adoro o estranhamento, adoro o drama, adoro o que assusta, em síntese, vejam Tim Burton, Frank Miller, Quentin Tarantino, Brian Hugh Warner (Marilyn Manson), Johnny Depp, Heath Ledger e Helena Bonham Carter,... pronto. (risos)

    Essas grandes personalidades são parte de minha grande inspiração e amor pelo cinema, claro que há outros incríveis e excelentes diretores e cantores, mas aqui estamos enfatizando o estranhamento, e eles são perfeitos nisso. Antes, gostaria de informar, vi figuras incríveis, porém mais circenses. São maravilhosas! Mas a minha imaginação fluiu mais para o lado da comédia com um toque do terror.
    Apesar de não termos concretizado nada ainda sobre essa aula, farei uma explicação sobre as personalidades em que me espelhei.
    • Tim Burton;


    Diretor Tim Burton.
    Tudo referente ao Tim deixa- me num êxtase. Dentre seus grandes sucessos estão Alice no País das Maravilhas, A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça, Edward Mãos- de- Tesoura, A Noiva Cadáver, entre outros também sensacionais... Quando criança, assisti ao Edward e fiquei apaixonada pelo personagem, na minha concepção ele era alguém que sofria, seu olhar parecia tão doce... Hoje, vejo que grande parte do que esse personagem passou, além é claro de ter sido interpretado por ninguém mais que Johnny Depp, foi devido às características próprias do estilo de Tim. Segundo ponto, Alice no País das Maravilhas, também com Johnny, vimos não somente o lado sombrio do personagem, mas também o circense, você percebe um pouco do absurdo no chapeleiro maluco e na rainha de copas. Afinal de contas, é uma maravilhoso mundo absurdo! Terceira e inspiradora animação A Noiva Cadáver, nesse desenho temos quase uma poesia gótica e melancólica, com um ar cômico e igualmente estranho. Minha maior inspiração teve como base essa animação.
    • Frank Miller;


    Robert Rodriguez and Frank Miller
    Autor e desenhista, mas voltado para a DC Comics. Autor do Filme Sin City- A Cidade do Pecado, The Dark Knight Returns, redefiniu papeis como o de Coringa, Duas Caras e o Demolidor nos anos 80. A pergunta é por que escolhi Frank Miller? Primeiro, apesar de preferir acima de tudo Stan Lee num quesito geral, adoro Sin City, em seu estilo com auto- contraste remetendo- nos há um mundo sombrio e cheio de pecado, bem como a referência do filme. O desenho faz parte da minha vida, aos quatro anos já ficava observando os objetos, as pessoas e tentava fazer o desenho o mais próximo possível das imagens reais. Então tudo o que me remete essa arte, principalmente voltado para o abstrato e estranho, causa- me uma ótima impressão. 


    • Quentin Tarantino;

    Quentin Tarantino
    Se você gosta de violência e sangue. Basta assistir aos filmes de Tarantino. Destaco Kill Bill, Bastardos Inglórios, e Django Livre. Por que Tarantino? Porque a imagem do sangue geralmente nos amedronta. Há uma essência em seus filmes que torna os personagens especiais, como por exemplo o personagem lunático e cômico de Christoph Waltz em Bastardos Inglórios e Daryl Hannah em Kill Bill. 


    Daryl Hannah em personagem Elle Driver




    • Brian Hugh Warner ( Marilyn Manson);
    Brian Hugh Warner

    Você poderia dizer:- Ok, realmente o Marilyn ganhou no que diz respeito a causar estranhamento. Mas, acredite ou não, para quem conhece esse carinha aí, sabe que ele é muito mais do que um personagem louco. Além de cantar, Marilyn também é escritor, fotógrafo, pintor e ator, participa na produção de curtas metragens.

    Elizabeth Short as Snow White (A smile II)

    A pintura acima é referente ao assassinato de Elizabeth Short, uma atriz estadunidense que foi morta em 1947, por razões e assassino desconhecidos, seu corpo foi encontrado esquartejado e mutilado num terreno baldio, o crime ficou assim, eternizado por sua brutalidade. Sendo inclusive, parte de uma das cenas de American Horror History, uma série americana. 
    • Johnny Depp;
    As mil faces de Johnny Depp
    As vários personagens de Johnny Depp
    Certo. Chegamos no momento mais esperado. Esse ator incrível que com toda certeza do mundo serve de inspiração para muitos jovens que iniciam sua carreira na atuação. Johnny Deep, o eterno bad boy, que mesmo na revolta nunca foi de faltas os ensaios dos filmes. Esse ator, ao se juntar com Tim Burton, gera o mundo maravilhoso que temos a oportunidade de ver em cada filme. Consigo ver nele uma metamorfose, seja na voz, no biotipo, no gênero, nas características, há sempre algo novo em seus personagens. Há sempre uma melancolia, algo cômico e por vezes misterioso. Claro que, ao falar sobre o trabalho dele e Tim juntos, preciso mencionar Helena Bonham Carter. Linda, excêntrica, esplendida e ex- mulher de Tim Burton. Destaco também, "A Noiva Cadáver" e "Alice no País das Maravilhas"

    Papeis de Helena Bonham Carter e Johnny Depp

    • Heath Ledger;

    Heath Ledger (Jocker) em Batman - O Cavaleiro das Trevas
    Um ator mergulhado em seu personagem, a ponto de ser tomado por ele. Heath será lembrado como nosso eterno coringa, pois mostrou todo o lado insano do personagem, um filosófico lunático. Com suas ideias absurdas e até com sentido sobre o CAOS. Eis um personagem estranho e impactante.

    Agora, voltemo- nos para o último e que, com toda certeza merece ser lembrado.

    "Hoje é Dia de Maria": Umas das mais belas produções brasileiras que vi até hoje. Nessa série conseguimos visualizar mais a teatralização, e o personagem em seus vários aspectos, principalmente quando entra em cena Asmodeu, sempre com suas facetas e máscaras diferentes, nos remete bem a imagem do estranho circense.

    obs: A palavra circense é uma expressão inspiradora que me remete às características próprias do circo, incluindo maquiagem e caracterização.




    Espero que tenham gostado da pesquisa e que, se a mesma estiver seguindo o caminho esperado por (R), que possa lhes auxiliar bastante.

    Att.: Sami Cassiano


    Obs: Se tiver a aula referente ao elemento estranho, com certeza colocarei aqui para termos a ideia do processo.

    Abraços!!












    terça-feira, 5 de abril de 2016

    Roteirização de Partituras

    Aula de Voz

    05 de Abril de 2016

    Dessa vez, foi nos passado o exercício de roteirização da fala interna. Confesso que fui pega de surpresa nessa situação, claramente que foi por algum motivo extremamente absurdo. O que mais me auxiliou durante esse processo foi o fato de ter um romance com o assunto Roteiro. Eu sempre gostei de criar histórias, pensar em detalhes, cenas interessantes e mais abstratas. Então, em 2015, parei para pensar a sério sobre isso. Descrever situações, pensar nas pessoas certas para fazerem os personagens, nossa que magnífico! Iniciei uma pesquisa sobre livros que pudessem me auxiliar, e, descobri o Christopher Vogler, roteirista e crítico, com um currículo imenso sobre as costas, de vários filmes que, ainda em elaboração, passaram por sua aprovação para poderem ser iniciados. Para os que sabem, a vida de estudante não é muito fácil, principalmente quando você decide depender apenas de você mesmo e seu trabalho, por isso tive de baixar o livro "A Jornada do Escritor" resumido. Sendo o mesmo minha grande inspiração. E, depois fui baixando outros mais que me auxiliariam nesse contínuo processo de aprimoramento, como por exemplo, O Heroi de Mil Faces. Atualmente estou lendo O Cinema e a Produção, de Chris Rodrigues, que enfatiza um capítulo para termos base sobre o processo para roteiro. Como posso explicar isso? Quando estou criando, me sinto viva, parte de algo maior. Um tempo atrás estava conversando com meu ex- companheiro e o mesmo disse- me:- nunca te vi tão feliz fazendo algo, mesmo quando está cansada é perceptível sua força de vontade e entrega no curso. Então, informo uma coisa muito importante à todos os leitores, não há nada melhor nesse mundo do que fazer o que se ama. Para representar meu amor, resolvi colocar a imagem do Neil, interpretado por Robert Sean Leonard, essa é a cena em que Neil está fazendo sua primeira encenação. Não irei falar muito sobre o filme, apenas indico para os que ainda não o viram, se deem essa chance de ver esse clássico. Esse personagem é muito cativante e nos faz chorar muito, esse momento foi como uma aprovação para o mesmo. Eu me senti praticamente na pele dele, a sensação incrível de estar vivo e ter um propósito. Ele foi à fundo no que diz respeito a viver a arte. E, para quem ainda não sabe, o grande motivo de escolher o nome "carpe dien" para meu blog foi exatamente para homenagear essa obra prima que é, ao meu ponto de vista, o filme " A Sociedade dos Poetas Mortos", eis que esse é minha grande inspiração. Eu o assisti ainda nova e do início ao fim, nunca vi um trabalho tão bem pensado para dar ênfase ao psicológico dos jovens desse tempo, cuja obrigação era serem os melhores, dando continuidade no prestígio de suas famílias. O ensino ortodoxo tirou o direito de liberdade de pensamento de vários estudantes. Mas, a grandeza de um professor, como começara a surgir ao poucos tais mestres, fazia a mudança nos estudantes certos, esses que, por vezes, necessitam apenas serem escutados e compreendidos, que precisam de alguém que acenda a chama da busca pelo novo, que lhe faça ter coragem de dizer o que realmente pensa, tornando nossas mentes mais críticas e desafiadoras.


    Neil Perry- A Sociedade dos Poetas Mortos

    Certo, depois de muita fala e indicação do filme.... Voltemo- nos. Levei meu processo de roteirização, ainda sem fazer muita ideia se era realmente isso que (R) queria. O que me vinha em mente o tempo inteiro era, e agora, você esqueceu de descrever com mais detalhes o som! Mas, ainda assim entreguei- o à ela para fazer as correções.
    Durante sua leitura, disse- me que saiu muito bom, com a descrição das cenas, dos personagens e dá para entender o que se passa na cena e diálogo entre os mesmos. Isso me motivou muito, pois significa que devo continuar estudando mais e procurando aprimorar- me. Claro, há muito o que ser feito ainda em meu roteiro, sou uma mera aprendiz, ainda tenho muito a aprender e melhorar. Mas, motivação é tudo, espero conseguir desenvolver- me mais.
    Segue abaixo os roteiros:


    Performance 1.
    MATA A BARATA!
    1.INT.- QUARTO
    Sami deitada na cama verifica as mensagens na rede social através de seu celular enquanto aguarda o marido chegar do trabalho.

    Sami: (música backstreet boys)... quite playing games whith my heart.. my heart.. narananara
    (suspira) Nossa olha que lindo!

    (Barulho da porta abrindo)reeec

    2. EXT. SALA
    João chega em casa cansado e senta no sofá.

    João: Aiai,.. que dia.

    3.INT.- QUARTO
    Sami levanta em direção à...
    SALA.
    Cantarolando e rindo das publicações no celular.

    Sami: ... hahaha! Gente, que tudo! Oi amor como foi o dia no trabalho?
    Barata: (Zummm Zummm)
    Sami escuta um zumbido quase como um bater de asas e para pra prestar atenção.

    Sami: Ai meu Deus o que é isso?

    Sami olha devagar para o ombro e enxerga a barata que acabara de pousar. E João mal tem tempo de falar.

    Sami: AHHHH!! Tira isso daqui, ai meu Deus!

    Sami pula da cadeira para a mesa em desespero.
    A barata voa e some.
     João se levanta tentando entender o que aconteceu.

    João: Cadê? O que é?

    Sami, chorando de medo. Num súbito enxerga a barata.
    Pula para a cadeira novamente. Gritando.

    Sami: AH! Está ali! Mata, Mata!
    João: Aonde?!

    A barata voa para perto de João e o mesmo joga a mulher para sua frente, que se treme de medo e corre pela sala até alcançar novamente a cadeira. 
    João pega a vassoura que está localizada atrás da porta e mata a barata como um assassino inexperiente, dando umas quatro bofetadas!

    João: Morre! Morre! Pronto, matei ela... ufa!

    Sami fica choramingando na cadeira.

    Sami: Graças a Deus!... Nossa que bicho nojento!E obrigada por quase me jogar em cima dela!

    Dando- lhe um tapa nas costas

    Fim!

    Performance 2.
    DISCUSSÃO BOBA

    Sami discute com o namorado enquanto o mesmo arruma sua pasta de documentos. Ambos encontram- se com roupas mais soltas, parecendo pijamas. Ela lhe olha incompreensiva, fazendo bico.

    Sami: Moh, mas porque não podemos ir, quero sair...
    Namorado: Sam, amanhã teremos de acordar cedo. Sair nesse horário será cansativo.
    Sami se levanta e vai em direção ao sofá na sala. Emburrada... Senta- se com os punhos das mãos encostados na bochechas e pernas flexionadas lhes servindo de apoio. Enquanto o namorado vira para se aproximar.

    Namorado: Aonde você vai?
    Sami: Poxa, eu queria ir!

    O namorado segue em sua direção rindo. Tira a camisa para se sentir mais à vontade. Chega por trás da menina com birra e tenta lhe abraçar.

    Sami: Só quero ficar aqui na minha, não me estressa.

    Ela afasta os braços do mesmo.
    O namorado começa a apertar sua bochecha lhe fazendo carinho.

    Namorado: Vem cá minha panda. Deixa de birra.

    Sami começa a ceder ao carinho, sorrindo.

    Sami: Não... Para seu sem graça, me deixa... seu chato...
            
    Ele a abraça intensamente lhe dando um beijo na bochecha.

    Namorado: Eu sei que você não resiste ao meu carinho.

    Final!

    Performance 3.
    A ligação

    Sami encontra- se sentada no chão tirando as cutículas. O celular começa a tocar numa melodia proposital, que lhe remete a canção... Chamada a cobrar.

    Sami: Tem um pobre ligando pra mim... Tem um pobre ligando pra mim!
    Alô! Benção mãe?! 

    No outro lado da linha, a mãe quase não consegue falar com a filha, pois o neto não para de gritar.

    Mãe: Ah! Calado menino! Não para de gritar esse seu sobrinho! Sami, seu pai estava ruim no hospital, mas recebeu alta ontem, graças a Deus!

    Sami tenta entender e se assusta um pouco com a situação de seu pai, pois achava que o mesmo estava saudável.
    Sami: Ahh! Que susto!Mãe? Mas como ele está agora?

    Mãe:Pois é... Ainda bem que melhorou!

    Sami fica mais tranquila. Levanta- se e começa a caminhar pela sala enquanto conversa.

    Sami:Nossa, que alívio mãe.O que realmente aconteceu?
    Mãe: Dengue!Sabe que a maioria das pessoas estão assim agora, complicado... Filha,lembra do Vasquez?!

    Dá um sorriso empolgado lembrando- se do grande amigo do passado.

    Sami: Haha! Lembro sim, nossa ele era muito engraçado. Lembra do natal, o que ele fez? Haha!

    A outra linha de repente fica em silêncio.

    Mãe: Filha, preciso lhe falar algo, mas quero que tente manter o controle,... o Vasquez teve um derrame, ele está ruim no hospital, é possível que fique com grandes sequelas, ainda não sabemos com realmente está...

    Sami fica calada, estática... o braço parece falecer de tão pesado e duro, o celular ameaça cair de sua mão trêmula.
    Ela lembro do grande amigo, que sempre lhe fizera rir...
    O rosto se declina e o som de choro começa a aumentar a frequência.
    A mãe não é mais escutada no celular.


    Sami:Não,... não pode ser, não consigo acreditar, ele está muito ruim? UTI?

    Mãe: Filha? Filha beba um copo de água, tente se acalmar... filha? Está aí?

    A garota desliga o celular e o posiciona na mesa, sai sem rumo pela casa choramingando a perda do amigo.

    Fim!

    Esse foi meu entendimento encapsulado das aulas de "voz I" que se antecederam. Depois do encapsulamento, fomos para o palco fazer as interpretações, para verificar todas que possam ser utilizadas em nossas futuras apresentações, e, confesso que dessa vez senti algo diferente. Menos medo, mais controle e presença de palco. Incluo meus amigos nessa situação também, pois percebi em muitos deles a dilatação. Uma das cenas que destaco é a de PH e (T), pois essa foi a vez em que vi (T) em um de seus melhores momentos. Ele simplesmente se soltou em cena, fez as improvisações e chamou a atenção de quem assistia. Houve um grande desenvolvimento e dilatação em cena. Houve a chamada presença de palco. Parabéns a ambas as partes!! 

    Att.: Sami Cassiano